por Lucas Alves, estrategista de conteúdo da Questtonó Manyone
O mercado de startups no Brasil se destaca como um importante e poderoso player de inovação. Na contramão de diversos setores, segue em constante crescimento, com investimentos que podem chegar a US $29 bilhões em 2022.
Mesmo que ainda exista algum hype em torno deste universo, uma coisa é clara: sem um bom mindset de design, toda e qualquer startup tem dificuldade de sobreviver.
Ainda é comum ver ideias que no papel parecem extraordinárias, mas que falham na hora de se materializar. Isso acontece porque o processo de desenvolvimento dessas empresas é complexo.
Ele vai desde a construção de um plano de negócio consistente até a materialização de um produto ou serviço, através de inúmeros processos de design.
Ser uma startup design-driven é a chave para garantir que a solução proposta está conectada com uma necessidade real das pessoas. Uma startup com essa visão compreende o design como um processo, e não somente uma fase.
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Neste artigo, separamos uma série de conteúdos relevantes sobre como o universo de startups se relaciona com o design, além de apresentarmos ótimos exemplos de startups brasileiras que tem o design em seu core.
Bloom: Liderando a conversa sobre parentalidade nas empresas
Acontece uma revolução na área da saúde. O caminho para reinventar esse sistema passa por um olhar com cuidado para questões antes negligenciadas, com um relacionamento humanizado e aliado à tecnologia.
Participamos da jornada de construção da Bloom Care, uma plataforma dedicada à saúde de mães e pais. O benefício corporativo oferece acompanhamento especializado nas áreas de planejamento familiar, gravidez e pós-parto, tudo isso sob um olhar transformador para a relação entre parentalidade e carreira como conhecemos até hoje.
A partir da nossa abordagem sistêmica, que envolveu estratégia de negócio, design de marca e serviço, ajudamos o time a pivotar a iniciativa, que hoje se consolidou como uma referência B2B na área da saúde, com milhares de consultas e atendimentos realizados para seus clientes.
Nesta matéria para a Revista Exame, a CEO Roberta Sotomaior detalha a história e os planos de crescimento da startup.
Tupinambá: Os elétricos estão mais perto do que você imagina
Se os veículos elétricos são uma realidade cada vez mais próxima do Brasil, parte disso se deve à Tupinambá.
A startup é precursora no lançamento de aplicativo para recarga de carros elétricos no Brasil. Um dos principais gargalos para a adesão a esses veículos é justamente a infraestrutura desses postos de recarga.
Outra de nossas aceleradas, aqui o foco de trabalho foi na elaboração de uma estratégia de design para uma família de produtos modulares, que além de dialogar naturalmente com a cidade, foca na usabilidade dos diferentes clientes envolvidos.
Da concepção dos produtos ao seu detalhamento técnico, nos esforçamos para fazer da Tupinambá uma startup design-driven – e que vai transformar o Brasil nos próximos anos, com planos para multiplicar a malha existente no país.
Where: inovação no conceito de anywhere office
Sua empresa já conseguiu definir um novo formato de trabalho com todas as mudanças causadas pela pandemia? Como o espaço do escritório foi reorganizado (se é que ele ainda existe)? É sobre essa questão que a startup Where decidiu se debruçar.
O serviço digital organiza o cenário das empresas que adotam home office mas que também buscam a volta gradual dos colaboradores, ajudando a gerir um espaço de trabalho híbrido e reduzir o custo físico dos escritórios.
Ajudamos a tangibilizar a iniciativa por meio de prototipagem e validação da solução, além de definir toda a estrutura de CX, que contém marca, jornada e serviço, além do UX e UI do aplicativo.
O negócio aposta em uma nova configuração de trabalho que une flexibilidade, colaboração e entrega de resultados. Listada pela Revista Exame como uma das 50 startups que mudam o Brasil, Where já possui grandes clientes, como as empresas Dasa e Energisa.